segunda-feira, 29 de setembro de 2008

Denúncia - Homofobia e Racismo na CPTM

Á Comissão de DH da ALESP, à Comissão de DH da OAB/SP, ao Conselho Estadual de Defesa dos Direitos da Pessoa Humana, à Olvidoria de Polícia do Estado de SP, à Defensoria Pública do Estado de SP:

Saudações!

Venho através deste comunicar fato que presenciamos na noite de ontem, 27 de setembro, no trem da CPTM que viajava de Calmon Viana com destino ao Brás (chegou na Estação Brás às 22h22).
Viajavamos de São Miguel Paulista com destino ao Brás, presenciamos o embarque de um grupo de jovens homossexuais (um negro e 3 pardos), que estavam na companhia de uma moça. Os jovens homossexuais brincavam, alegremente; as demais pessoas no trem em sua maioria não estavam incomodadas com as brincadeiras dos rapazes. De repende, surgiu a polícia da CPTM e o que presenciamos só é normal e aceitável na Alemanha Nazista.
Os 4 homossexuais e a moça foram abordados de forma violenta pelas milícias da CPTM, foram arrancad@s do trem de forma violenta e vexatória. A seguir, cerca de uma dezena de homens pardos, que estavam sentados próximo ao grupo de homossexuais, também foram arrancados do trem de forma violenta e vexatória. Todo o grupo foi "enquadrado" pelas milícias da CPTM, assim como a gente costuma ver a PM revistando pessoas pobres.
Com a respiração ofegante um dos policiais da CPTM ainda retornou ao trem, abaixou-se para ver o botton na minha mochila e ler o que estava escrito na bolsa do rapaz que me acompanhava. Por um trís não fomos jogad@s do trem também.
Tamanha violência gratuita por parte da milícia da CPTM, parece que além do ataque homofóbico tinha também um caráter racista, da forma como presenciamos o homossexual negro e os pardos serem abordados pelas milícias da CPTM. Seja como for, é inadmissível a gente pagar dois reais e quarenta centavos para se sentir em viagem de volta à Alemanha Nazista.

Assim sendo e bem assim, pelo acima exposto, solicitamos das Autoridades a quem esta mensagem está dirigida, que tomem as providências cabíveis para com o Caso em Tela com URGÊNCIA URGENTÍSSIMA, de modo a coibir novos atos semelhantes por parte das milícias da CPTM.

Cordialmente,

Miryám Hess - Promotora Legal Popular, Conselheira do CGRBCV (Programa MAB/UNESCO), MsC em Energia pela USP, Servidora Pública Municipal.

Um comentário:

Marcelo Prado disse...

Tamanho absurdo, não pode ficar impune. Isso é inadimissivél, inaceitavél. Não estamos numa Alemanhã Nazista e foge muito de nosso esterótipo ser loiros e brancos, coisa que obviamente não justifica tamanha hostilidade e arrogancia humana. Apenas justiça e luta.