quarta-feira, 27 de fevereiro de 2008

Participe!

A Associação Cultural Literatura no Brasil e a Prefeitura de Suzano lançam nesta quinta-feira (28/2) a terceira edição da revista Trajetória Literária. A publicação conta com os 20 melhores textos, nas categorias contos/crônicas e poesias/poemas, que participaram do 3° Concurso Literário de Suzano realizado entre os meses de abril e julho de 2007. O evento será realizado a partir das 20h no Centro de Educação e Cultura “Francisco Carlos Moriconi” (Rua Benjamin Constant, 682 – Centro). A entrada é gratuita.

A revista é resultado de um concurso que reuniu cerca de 420 inscrições de todo o estado de São Paulo. Os 20 melhores textos foram escolhidos por uma comissão julgadora formada pelo professor doutor José Maria Rodrigues Filho, pela professora Sonia Regina Martins Gonçalves, pelo escritor Marcelino Freire e pelo poeta Sérgio Vaz.

Este concurso faz parte do projeto Trajetória Literária, que engloba todas as ações da Coordenadoria Literária da Secretaria de Cultura de Suzano. O objetivo, segundo o coordenador do projeto Ademiro Alves, o Sacolinha, é fomentar a leitura e a produção de textos no município e na região do Alto Tietê.

Em 2005 o concurso foi direcionado para escritores de Suzano e recebeu 160 inscrições. Já em 2006, segunda edição do projeto, foram aceitas inscrições de todas as cidades do Alto Tietê, totalizando 240 participantes. “Desta vez ampliamos o foco e abrimos para todo o estado de São Paulo. Foi um sucesso, batemos o recorde e lançaremos uma revista com qualidade”, destaca Sacolinha.

Classificação
Categoria Contos/Crônicas


1° Lugar: Celso Antônio Lopes da Silva – Bela Vista

2° Lugar: Antônio Jorge Abdalla – Guaratinguetá

3° Lugar: Glaucio Roberto Caprucho Cabral – Brás Cubas – Mogi das Cruzes

4° Lugar: José Lopes – Arujá

5° Lugar: José Carlos Santos Peres – Avaré

6° lugar: Marco Aurélio Pinheiro Maida – Suzano

7° Lugar: Cláudio Roberto da Silva – Suzano

8° Lugar: Conrado Brocco Tramontini – Poá

9° Lugar: Maria Apparecida S. Coquemala – Itararé

10° Lugar: Adauto Elias Moreira – Paraguaçu Paulista


Classificação
Categoria Poesias/Poemas


1° Lugar: Michel Nogueira Alves da Silva – Mogi das Cruzes

2° Lugar: Sidney Rodrigues da Silva – São Paulo (Capital)

3° Lugar: Ricardo Ferreira da Silva Vergueiro – Mogi das Cruzes

4° Lugar: Marcus Sacrini Ayres Ferraz – São Caetano do Sul

5° Lugar: Júlio César Seidenthal de Paiva – Mogi das Cruzes

6° Lugar: Antonio Fernando de Souza – Mogi das Cruzes

7° Lugar: Irene Otilia Fagioni da Silva – Itaquaquecetuba

8° Lugar: Darlan Alberto T. A. Padilha – Itaquaquecetuba

9° Lugar: Vânia Paula dos Santos – Suzano

10° Lugar: Rejane da Silva Barros – Suzano
Quem estiver presente neste dia, receberá gratuitamente um exemplar da revista autografada pelos autores.

domingo, 24 de fevereiro de 2008

quarta-feira, 20 de fevereiro de 2008

o fim do dia... - jonilson montalvão

O fim do dia estava parnasiano; demais para mim àquela altura; sim, estava sóbrio.
Foi o que eu disse ao escrivão da delegacia.
Defina-me parnasiano.
Fingi que não ouvi e continuei falando um monte de outras baboseiras. Passamos um tempo juntos, eu e ela...éramos tão apaixonados...
Por favor, defina-me a frase que o senhor disse anteriormente “o fim do dia estava parnasiano”.
Tentei desconversar mais uma vez e nesse instante o Delegado entrou na saletinha.
Pode liberar o figurinha aí.
O escrivão me olhou com olhos de fogo soltando suas labaredas e nada disse.
Levantei-me, balancei a cabeça como um gesto de cumprimento à ambos e saí da saleta.
Do lado de fora Penélope me aguardava sentando numa poltrona arruinada pelo tempo; estava vestida com uma saia verde curtíssima e suas pernas morenas ficavam à mostra para os policiais que por ali circulavam e paravam os olhos nela; me pareceu que isso não a incomodava, muito pelo contrário.
Assim que ela me viu levantou e veio em minha direção com um sorriso descomunal. Nos abraçamos e nos beijamos.
O que houve?, ela quis saber.
Nada, apenas as perguntas de praxe.
Não te bateram não né?, seu lado materno às vezes, explodia.
Não, apenas perguntas.
E o que você disse?
Nada, desconversei o máximo que pude.
Saímos dali. Ela estava de carro e eu com muita fome. Paramos num restaurante e eu pedi um comercial, desses que ficam prontos mais rápidos.
Penélope era minha amante e eu a amava e ela sabia disso. Era ela que resolvia todos esses pormenores da minha vida; todos esses dilemas que algumas situações nos colocam lá estava Penélope com sua paciência monástica. Era meu anjo, sempre pronta a me salvar.
Na saída do restaurante lhe disse que gostaria de ir a um Sebo comprar algum livro, estava querendo ler algum romance tolo, sem perspectiva, apenas para passar as horas.
Ela me recomendou um Sidney Sheldon, clássico dos romances tolos, nas palavras dela.
Tudo bem, falei.
Fomos no seu carro ouvindo Zeca Baleiro.
Conversamos sobre nossas vidas e o que esperávamos dela; planejamos o futuro e criamos um bem estar maldito daqueles que dão frio na barriga.
Penélope estava grávida, ela me disse quando saiamos do Sebo.
Fiquei alguns segundos sem respirar.
Há quanto tempo?
Fiquei sabendo ontem, vai fazer um mês daqui a três dias; mas isso não é problema...
Não?!...
Não.
Então o quê?
Nem sei como te dizer, é difícil...estou grávida, mas você não o pai...
Congelei.
Todas as conseqüências que pude racionalizar, no momento, foi uma lágrima escorrendo pela face.
De repente me vi saturado; desorientando. Fiquei calado.
O carro parou e descemos. Na porta da sua casa ela me pediu desculpas e tentou me abraçar. Não deixei. Ela fitou-me com olhos doces. Queria beijar sua boca com toda ganância e revide; não pude.
Chorando disse-lhe palavras soltas e sem nexo. Da vida, daquela vida que eu planejava ao seu lado, daquela história, daquele amor...encerra-se um ato.
Eu ainda te amo, sua voz encheu meu corpo de dor e contentamento. Eu ainda te amo.
O fim do dia era o fim de uma vida; o fim do dia como uma fábula de horror de todo um relacionamento que morria.

sábado, 16 de fevereiro de 2008

LANÇAMENTO: Desenho do Chão

Por: Allan da Rosa

Salve, povo. Licença.

Pra mais um encontro entre jornadas de trabalho, invenção e vida, Edições Toró vem convidar pro lançamento do livro Desenho do Chão, poesia manuscrita de Silvio Diogo. Na NECESSIDADE de criatividade, as gargantas da mão e os cheiros da vista procurando o ritmado da Poesia, a expressão de perguntas duras como paredes que insistem em aparecer nas nossas esquinas do sentimento.

Sem marra mas ligeiro com essa auto-marquetage que impregna nas internet minuto a minuto, batelando na cabeça dos eternos virtuais, viciando a pensar que a vida seja uma tela na ponta do nariz: consumindo as horas dos pouco abraçantes, pouco suantes, de sapato com sola sempre nova, coluna torta e pouca ladeira. A substituir as carícias de pele, os vinhos de prosa e os cantos de guerrilha por digitais sempre apressadas e já quadradas, dos atuais apliques na tal “sociedade da informação”.

Nessas, Sílvio Diogo edita um livro feito de passos e te convida pra ler onde quiser. Busca, acerta, erra, viaja, nos brinda sempre com seus ouvidos amigos, presença autêntica que chove em seu trabalho. Solando, descobre poças no infinito e abre teias novas pra umidade mofenta de uns muros nossos, das urgências do hoje. Oferece aos leitores Poesia. Quem fecha o livro retorna com formigas na tramela do peito, ganha uma mirada pessoal de sentir os mistérios da criatividade. Essa que muda e se lapida a cada temporada de teimosia, reconhecendo buracos e lixos, fruteiras, frituras e nervuras do terreno.

As coisas acontecendo diferente do planejado e a gente desenhando nosso chão, aprendendo como nenês a equilibrar nossos passos, curtindo correr... mas vem Chão e também faz desenho da gente. Entre horizontes das manhãs e ciladas das madrugadas, do coração, a precisão do caminho a seguir.

No livro, o sotaque da caligrafia vem acompanhado dos desenhos de Carlos Ávila, ornando com a amarração de barbantes verdes.
Na humilde e na intenção faminta de ser lido, dez conto é o preço pedido nos lançamentos:

DIA 18/02, SEGUNDA-FEIRA
A partir das 18h, no Sarau do Bar do Binho, ponte de sabedorias e traquinages. Ainda na brisa da volta do povo da Expedição Donde Miras. Rua Avelino Lemos Júnior, 60, esquina com a Cel. Souza Ferraz, pertinho do Largo do Campo Limpo. Entre o posto e o caldo de mocotó. Fone: 5844 6521.

DIA 20/02, QUARTA-FEIRA
Às 21h, na Cooperifa. Onde mora o tição, a ciência, o sereno e a gana da Poesia. Rua Bartolomeu dos Santos, 797, Chácara Santana. Fone: 5891 7403.

quinta-feira, 14 de fevereiro de 2008

quarta-feira, 6 de fevereiro de 2008

Pavio da Cultura

Acontece neste sábado, 09/02, a partir das 20h, o primeiro Pavio da Cultura do ano. Esta atividade é um sarau que ocorre todo segundo sábado do mês no Centro Cultural de Suzano desde maio de 2005. A iniciativa tem dado tão certo que se espalhou pelos bairros da cidade e tem movimentado associações de moradores e escolas.
O Pavio da Cultura deste sábado homenageará o escritor Graciliano Ramos e terá na programação duas performances especiais com o grupo Contadores de Mentira, além da leitura do conto "O Aluno que só queria cabular uma aula" retirado da 2ª edição do livro "85 Letras e um Disparo" do escritor Sacolinha.
Haverá ainda participação de poetas, músicos, atores e artistas plásticos. O sarau tem a facilidade de mobilizar e trazer artistas e militantes de todo o Alto Tietê, região que engloba 11 cidades.
Os interessados em apresentar algum trabalho deve chegar com 30 minutos de antecedência.
Participe!
Onde:
Centro Cultural de Suzano
Rua Benjamin Constant, 682
Centro - Suzano - SP
Informações: (11) 4747-4180

Agenda Cultural de Suzano

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Sarau Griots!!!! Sábado agora!!!