O Brasil é um corpo. Um corpo destroçado, fragmentando e situado onde não sabe, não quer saber e a isso tudo dá se o nome de América Latina. O corpo estende e desprende-se de qualquer figuração enredada: destoa.
Não conhecemos esse corpo. Somos estranhos com um vivente à margem do querer. O corpo pede reconhecimento; pede carinho e toques sutis com a mão. Pede as rememorações de lembranças de lutas e histórias vividas e criadas. Pede atenção e urgência nas ações.
O corpo é misto e repleto de circunstâncias místicas; o corpo pede que as habilidades e enredos dos que passaram não sejam deteriorados, mas sim assimilados. Sem resquícios de crueldade, como foram tratados os de outrora. Os primórdios da vida do corpo são signos de extrema catálises.
Os obstáculos, inúmeros, são os caminhos que as células abriram e jogaram ao vento. Os deuses da Natureza sopram afora os mimetismos que agora cabem as novas camadas receberem.
Brasil. Nação sem restrição; resquício de qualquer ordem anormal. Um ser paralítico amofinado à esmo num continente inventado. Resta sabermos se praticamos essas invenções ou somos apenas forjados pela história.
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