Que não rasgasse os meus versos
Que me desafiasse a ser uma pessoa melhor a cada dia
Que visse diversão num passeio público
Que conhecesse sinônimos secretos para a palavra amor
Que me repreendesse com ternura
Que não achasse absurdo ser mãe de filho meu
Que pedisse para ficar mais um pouquinho ou para sempre, se possível
Que me usasse como cobertor e aceitasse ser meu travesseiro
Que se fizesse de durona para me defender dos brutos
Que combatesse e não praticasse a injustiça
Que engrossasse, com seu tempero, meu caldo ralo
Que me libertasse, com seu destempero, de dias sempre iguais
Que achasse graça na minha esquisitice
Que gostasse de pôr-do-sol
Que usasse uma flor no cabelo
Que se tornasse fiadora dos meus sonhos
Que andasse de mãos dadas com solenidade
Que lhe servisse de pele e não de vestimenta a simplicidade
Que temesse me perder, ainda que eu seja tão razoável
Que me pegasse no colo, mesmo sendo tão frágeis teu caule e tuas pétalas
Que trouxesse nos olhos enigmas indecifráveis para me distrair pelo resto da vida
Que me remediasse diariamente quando descobrisse que minha tristeza é de nascença e não tem cura
Um comentário:
dia 20 tem um sarau no ceu azul da cor do mar as 15:00hrs
A Biblioteca do Centro Educacional Unificado Azul da Cor do Mar está localizada na Av: Ernesto de Souza Cruz, 2171, no Jardim Vila Nova - Itaquera, Zona Leste de São Paulo.
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