Bem vindos a mais um ano novo (segundo a tradição brasileira de que o ano só começa depois do carnaval); bem vindos ao carnaval: “globalizada”, “bandeirizada”... televisivo. A festa popular numa dimensão midiática poderosa e asquerosa. Silicones saltitantes se exibem em redes de tvs para um mundo cada vez menos atraente, nesse sentido, que fique bem lógico a idéia. Cada olhada na tv é a mesma de ontem; sem novidades, sem perspectivas.
Deixando a festa popular de lado, e partindo para outro ponto: o otimismo. Esse é irreverente, por falta de adjetivo melhor. Todo esse otimismo das pessoas em relação à alteração do calendário é algo extraordinário, não que isso não seja uma ruim, todo esse simbolismo pode ter seu lado bom. Mas por outro lado parece que algumas mudanças ficam esperando o virar da folhinha para entrarem em ação; situações que nem sempre acontecem.
O ser humano em ato ocasional prol manifestação entra na sua tórrida rotina, sempre procurando a felicidade, esteja ela onde estiver. Nisso tudo eis que surgem os prognósticos, as retrospectivas, as perspectivas e outras tendências mais.
Ligando a tv de manhã nos deparamos com alguma mulher (pode ser homem também) fazendo previsões para o ano que entra, a escola de samba que irá ganhar, o time de futebol que irá ser campeão, os astros das novelas que vão se casar, tudo lindo e maravilhoso. Isso realmente é muito importante nas nossas vidinhas, temos a sensação de que sabemos de tudo sobre o futuro. Realmente somos abençoados pela tv, sem mais nenhuma perspectiva para o nosso futuro, nos embreamos pela vida de outras pessoas, fazendo disso um acontecimento histórico inigualável.
A imbecilidade segue seu rumo, a vida continua jorrando suas medíocres opiniões, alguns comentários pareceriam querer alterar algo, mas quem se importaria, as pessoas mudam, tudo muda, o mundo se transforma, ou bem ou mal, tudo é subjetivo.
Não me importo com anos, com datas, com religião, com merda nenhuma que traga ranços de civilização. Aliás, tentaram destroçar minha civilização, e até certo ponto conseguiram, mas, ainda, ficaram alguns traços históricos, algumas lembranças e outros nomes aqui e ali. Porém, acima de tudo está o modo de vida que teremos que assimilar, o respeito que teremos que ter com outras vidas e isso tudo se dá olhando algumas civilizações do passado, ali aprenderemos a olhar o mundo com outros olhos, com outras esperanças de vida um pouco mais prolongada, para todos os seres viventes nesse planeta.
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