quarta-feira, 10 de dezembro de 2008

IDENTIDADE CULTURAL - jonilson montalvão

A identidade cultural de um ser humano evidencia seus conjuntos de transformações, sugerindo algo na sua existência. Algumas destas transformações são um imbróglio de tudo o que sentimos e passamos.

Somos um conjunto de sentimentos e razões, e em alguns casos, a inteligência acaba por separar essas duas disposições ordenadas. A questão cultural se assemelha a nossa qualidade de pensamento e raciocínio subjetivos e objetivos.

Numa cultura de massa, disposições (ir) relevantes são sempre jogadas para uma ‘’linha de produção’’; isto é, todos são bombardeados pela mesmice. Já nos anos 30, 40 e 50, essa grande indústria cultural fomentava seus primeiros alardes; vários meios de comunicação surgiram nessas épocas, também foram se formando grandes empresas, essas foram de extrema importância para a nova forma de produção da cultura de massa que iria se estabelecer dali para frente.

Contrapondo essa indústria de massa, alguns pensadores da Escola de Frankfurt, na Alemanha, entre eles Adorno e Marcuse, tinham um raciocínio crítico perante tal indústria; pensando também uma grande indústria cultural, mas com uma representatividade, uma indústria cultural inovadora. Tais pensadores se baseavam nesse pensamento para desenvolver conceitos e mecanismos para que a verdadeira cultura fosse estabelecida pela não imposição que a cultura de massa vinha praticando e se estabelecendo.

Adorno proporcionava e provocava uma teoria fundamental para a compreensão da obra de arte como um complexo multidirecional: Uma grande obra de arte não pode simplesmente ser observada do ponto de vista racional, mas, também, a partir de um conceito onde o artista criador se mobilizou para criar uma obra cheia de referências, e tais referências passam por um processo magnânimo de desenvolvimento intelectual e emocional. Quando estamos diante de uma obra de arte (música, pintura, fotografia, cinema etc.), temos que pensa-la e senti-la em vários níveis de um complexo onde o esforço torna-se um aprendizado que transformará nossas condições de pensar e agir; não apenas como um entretenimento simplório.

Ao contrário da indústria cultural, a verdadeira cultura nos dimensiona um abarrotamento de identidade cultural ampla de uma experiência itinerante e sem fronteiras.

jonilson montalvão
www.jonilsonfoto.blogspot.com

Nenhum comentário: