segunda-feira, 12 de maio de 2008

3ª Marcha noturna


Suzano terá eventos sobre os 120 anos da abolição da escravatura


Com intuito de promover a reflexão sobre os 120 anos da abolição da escravatura, o Centro de Pesquisas e Desenvolvimento Sócio-Cultural Negro Sim e a Prefeitura de Suzano realizam nos dias 13, 14 e 15 de maio atividades gratuitas que irão mobilizar a população. Na terça-feira (13), acontece a 3ª Marcha Noturna, com concentração às 17h30, em frente ao Paço Municipal (Rua Baruel, 501 – Centro). A marcha vai descer a rua Baruel, entrar na rua General Francisco Glicério, contornar a Praça João Pessoa e subir a rua Benjamin Constant até o Centro de Educação e Cultura “Francisco Carlos Moriconi”, onde haverá um ato público.

“A intenção é mostrar que a assinatura da abolição da escravatura foi um cheque sem fundo, porque os negros trabalharam séculos e depois foram jogados na rua sem direito a nada”, comenta Josué Ferreira, presidente do CPD Negro Sim.

O Centro Cultural receberá ainda duas outras atividades. Na quarta-feira, às 19h, será realizada uma palestra intitulada “Novo Significado Para o 13 de Maio”, com o professor doutor Salloma Salomão. Já no dia 15, quinta-feira, haverá um show de encerramento chamado “Faces da Tarde de Um Mesmo Sentimento”, também com Salloma Salomão. O artista estará acompanhado de violão, percussão, teclado e marimba. Salloma é professor universitário, doutor em História pela PUC-SP, com estágio na Universidade de Lisboa e passagem pela universidade de Dacar. Sempre teve uma carreira ligada às culturas musicais da diáspora negra, além de dedicar-se à pesquisa da música negra urbana feita atualmente. Em seus trabalhos, utiliza instrumentos étnicos construídos por ele mesmo e outros mais convencionais em busca de uma sonoridade que revele seu contato com o rádio, a televisão, o disco e os saberes musicais adquiridos em família.Suas inspirações na música partem da época em que morava em Minas Gerais com os pais e irmãos, onde cantava músicas francesas, italianas, norte americanas e da jovem guarda, que faziam muito sucesso nos anos 60. Não ficam de fora também as influências de hinos protestantes e cantigas de umbanda, Vicente Celestino, Tonico e Tinoco, Banda Black Rio, Jorge Ben, Marvin Gaye, James Brown, Ray Charles, Secos e Molhados, Milton Nascimento, Caetano Veloso, Elis Regina, Clara Nunes, entre outros.

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