Biografia do escritor Sacolinha será lançada em março
(Da assessoria do autor)
No dia 7 de março, às 19h, a editora carioca Aeroplano lança no Teatro Contadores de Mentira (Rua Major Pinheiro Fróes, 530, Pq. Maria Helena – Suzano - SP), o livro "Como a água do rio" biografia do escritor Sacolinha. Esta obra faz parte da coleção Tramas Urbanas, criada pela antropóloga Heloísa Buarque de Holanda, e que vem lançando desde 2009 a biografia de intelectuais moradores de periferia.
A biografia do escritor Sacolinha foi escrita por ele mesmo. A história é narrada em flash backs desde a infância do autor até o ano de 2012. O foco principal do livro é a criação da Associação Cultural Literatura no Brasil, que surgiu em 2002, criada pelo Sacolinha, e que salvou muitas vidas, seja da alienação da TV ou do submundo.
A obra é toda recheada com imagens da trajetória do escritor e tem depoimentos de vários profissionais e escritores, como por exemplo da presidente da Petrobras Maria das Graças Foster, do vereador e ex-secretário de cultura Walmir Pinto, da antropóloga da USP Érica Peçanha, e dos escritores Francis Gomes, Cákis e do filósofo e prof. Marco Maida.
O título segundo o autor, significa renovação "a água que passa debaixo da ponte nunca será a mesma, ela se renova a cada instante, e assim sou eu, a cada livro lido eu me renovo, me emancipo", diz Sacolinha.
Sobre a coleção da qual o livro de Sacolinha está inserido a criadora do projeto diz que "esta coleção é um conjunto de livros, que expressa e divulga o trabalho de jovens pensadores, artistas e lideranças que falam a partir ou identificados com um lugar pouco ouvido, a favela, a comunidade" afirma Heloisa Buarque, que também é autora de diversos livros e Profª Dra. da UFRJ.
No lançamento o livro estará à venda ao preço promocional de R$ 20,00 e o horário pretende se estender até às 22h.
SOBRE O AUTOR
Em 2012 lançou o livro de contos sobre o universo masculino "Manteiga de Cacau" que vendeu 4 mil exemplares em apenas 4 meses.
A Associação Paulista do Áudio Visual (APAA) está filmando um documentário que vai tratar da literatura em Suzano pelo viés da trajetória do autor.
Um comentário:
Lágrimas de Areia
Lá estava ela, triste e taciturna.
Testemunha de efêmeros conflitos,
Com um olhar perdido no tempo,
Não exigia nada em troca
A não ser um pouco de atenção.
Sentia-se solitária, oca,
Os homens admiravam-na pelos seus dotes.
As crianças, em sua eterna plenitude,
Admiravam-na muito mais além...
... Mais humana!
De sua profunda melancolia
Lágrimas surgiram.
Elas não umedeceram o seu rosto,
Mas secaram o seu coração,
O poço da alma,
Aumentando cada vez mais
A sua sede.
Lá ela permaneceu; estática, paralisada!
Esperando que o vento do norte a levasse
Para bem longe dali!
O dia começou a desfalecer.
Seu coração, outrora seco e vazio,
Agora pulsava em desenfreada arritmia.
Desespero!
A maré estava subindo...
Em breve voltaria a ser o que era:
Um simples grão de areia.
Quiçá um dia levado pelo vento,
Quiçá um dia... Em um porto seguro.
Do livro (O Anjo e a Tempestade) de Agamenon Troyan
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