Na semana de
A intenção, missão, proposta é acolher, difundir, multiplicar o chamado vídeo popular. Entre exibições de diversos vídeos (independentes, autorias, populares) e conversas entre os grupos participantes dá-se um novo âmbito aos já batalhadores grupos.
Tais circunstâncias são reflexos de trabalhos e processos de encontros que culminam num motivo que, penso eu, todos os grupos querem: ser vistos e notados; inseridos no contexto da vida, que ao sabor das ações coletivas chegam até essa cena, onde diversos pensamentos, todos dentro do audiovisual, se permitem a uma grande troca de opiniões e diversidades, sem consensos autoritários, mas com grandes debates provocativos.
A perspectiva que vejo, a partir do contexto que tenho como cineclubista, é uma ampliada rede de interações. Mas para isso acontecer alguns grupos precisam entrar na conectividade do coletivo. Não tenho receio de dizer que mesmo o grupo do qual participo nem tod@s estão interessados no que está ocorrendo. Mas não é por motivo de falta de informação ou a não vontade de participar, talvez pelo simples fato de tempo que cada um tem em assimilar situações decorrentes.
Dizendo isso posso ser mal interpretado, que seja, mas as manifestações culturais não podem ser quaisquer manifestações, há um diferencial que a própria ação cultural viabiliza de outra maneira. O trato dessas questões é mais singular e os grupos precisam lidar com isso de uma maneira sensível.
O Lunetim, como um grupo heterogêneo, também tem as suas inibições naturais, porém eu acredito que não há uma inércia nas pessoas. Sinto que caminhamos, lento, mas com vontade de caminhar, de mostrar, de dizer o que pensamos.
Quanto ao Coletivo, há uma vontade enorme de viabilizar os projetos dos grupos que decidiram fazer parte, porém e isso é o meu pensamento, falta uma maior ligação de grupos com grupos, de procurar saber, conhecer o outro seu âmbito mais intimo e isso é a essência que fará do Coletivo uma grande “irmandade” com proposições e perspectivas grandiosas e não apenas um agrupamento para mostrar a realização que o outro está fazendo.
texto e fotos: jonilson montalvão
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