segunda-feira, 30 de julho de 2007

Ver além do cotidiano

"Os senhores por favor não fiquem indignados pois todos nós precisamos de ajuda coitados".
A proposta evidente é ver além do cotidiano, do habitual, chamar a atenção para o fato que existe e não deveria existir, um olhar novo sobre uma coisa já antiga, já habitual.
O homem é um ser sócio-histórico semi-errante e fica excluída a possibilidade de igualdade entre os indivíduos.
A sociedade de classes onde poucos dominam e muitos são dominados através da exploração de trabalho está bem aparelhada para anular ou amenizar os questionamentos e ações de grupo, em nome da preservação social: A palavra se torna poderosa quando alguma, autoridade social impõe um significado único e inquestionável, o que determina uma ação automática.

Brecht: "...o teatro permanece revolucionário mesmo em uma país que atingiu o Estado Socialista. A conquista revolucionária deve ser construída pouco a pouco, construída e reconstruída, aperfeiçoada passo a passo.Nada é definitivo, perfeito."

Por Johnny John

SOSLAIO

SOSLAIO - jonilson montalvão


Divagar: constante aparato de uma celebração do que poderia ser a vida; dita e redita a contemporaneidade que nos massacra e amarga esse viver. Um rescaldo...ah!, um pio nevrálgico da alma.
Sorrateiro espreito à luz noturna e quando menos penso um soslaio me arremete e tomba como se fosse um animal no seu arrastado languiar existencial. Não tenho essa chance e me desfaço das inconveniências; estou há um tempo nessa espreita, estou tentando, digo para mim mesmo a fim de um auto-convencimento.
Uma legra de ocasião perfurou-me a mente e a decisão que era esperada sucumbiu pelas frestas errôneas. Este prenúncio agita a minha decisão e por isso mesmo tenho mais um tempo de disparate entre um ato e um fato. Sou de ocasião; rio dessa manifestação. Horror e fator são projéteis que carrego há muito; a calamidade que todos carregam é se perceberem abstraídos da história e com isso terem de buscar caminhos divergentes daqueles traçados à revelia de suas imortalidades.
Mas estou aqui num mundo dotado de procedências escusas e dissuasivas e, talvez, por isso mesmo também proponho novos meios à própria razão da existência mesquinha. Digo-lhes que sim e basta um sorriso desvalido para esgarçar a desgraça que acompanha tais sedentos.
Tomo um café no meio da noite e cumprimento balançando a cabeça vagamente alguns passantes como se isso me desse um tempo qualquer; na verdade tenho esse tempo, mas só quero, no momento, uma chance de me fazer presente ali, naquele lugarejo tifo.
Enquanto engulo o liquido asqueroso que me serviram como café, repenso o ato. Sem querer quase levanto e parto para a ação. Mas não, não agora, haverá outra oportunidade, penso; sim haverá. Preciso dessa paciência monástica, preciso dessa inércia momentânea, preciso disso tudo...peço uma coca e misturo ao café.
Ação!
Meu corpo mantém-se atento. Requerer a ação pode ser fatal em um tempo. A noite está lá fora cuidando dos noctívagos. Ruídos desaceleram a atmosfera quente. O calor de fora, da noite, cai para dentro do bar. Risos causados pelo impacto dos bêbados.
Mantenho-me ali, sentado, tentando saborear aquela mistura. Saborear é uma palavra desmedida para essa hora; tento me recobrar partindo de qualquer noção instantânea; tento repor alguns fios da memória num conjunto linear. O efeito da cafeína ajuda nessas horas.
Em cada momento há uma metástese na minha cabeça; a mente não se situa em um ponto fixo. Repensar as tragédias arbitrárias que me dizem muito não me faz bem, mas mesmo assim não consigo me desprender dos pensamentos. Ainda assim tenho convicção no ato, neste ato em si. Preciso dessa convicção para tolerar fatores externos.
Minha bebida acaba, peço outro café, dessa vez com leite. Tempo. Tempo, preciso desse tempo. Cada segundo me é deliberativo, cada segundo me significa. Tomar uma posição requer cuidados, requer uma certificação do momento; requer um ato brando ao mesmo tempo do ato mais fulminante. Tenho essas precedências comigo, tenho essas subjetividades.
Depois de tudo deixo o bar e me dirijo à ruela semi-escura. É cedo, manhãzinha morna. Pessoas saem para o trabalho, ou em busca dele; é cedo. Não carrego nada; não tenho nada a carregar, apenas essas lembranças melancólicas e lembranças alegres de dias felizes; ambas são realçadas por questionamentos que me faço e que, sem respostas, tolhem meu raciocínio deixando-me, desiludido, à mercê do destino.
As primeiras luzes raiam, deixando a paisagem mais visível. Quanto tempo? quanto de mim deixei aqui? não reconheço mais essa paisagem; mudanças profundas de vidas intensas, vidas perdidas numa atmosfera desguarnecida. Aqui, nesse lugarejo, há pedaços de mim espalhados aos cantos. Ruminações da infância; eu, passado crivado, reviro detalhes de menino arruaceiro que fui e me permeio de belezas, doçuras mitológicas brincadas à esmo.
Chegar ao universo rompido, deixado; chegar e dizer olá. Quem me verá da forma que saí? quem deduzirá da minha presença algo de excepcional paradoxo? Em instantes todos me notam, sou alienígena aparado na convenção da desmemória; busco um abraço que não vem, quero um afago insonte.
Querer demasiado egoísta. Sim, reconheço gestos e palavras mas...quem tirará esses proveitos? Depois de anos, séculos talvez...tenho pares aqui; são meus infortúnios; genuínos gametas amordaçados pelo espectral critério de roldão de um ato que não pode ser insubstituível.
Ninguém daqui terá esse tempo criterioso; serei incompreendido por toda a geração que me acompanhava nas subidas dos morros, nas jogadas de domingo a tarde, nas linhas de pipas furtadas às avós...
...observo-os assim como eles a mim. Tão indistintos ao outro, formalidades cadentes de seres que porventura seriam chamados de amigos. Casualidades subjacentes me rodeiam até a tontura se tornar tão sublime que enleva essa miséria disfarçada. Arroubos de infâmias; ironias nos olhares. Cumprimentos repugnantes. Puxo a memória em forma de escudo e disfarço a nitidez de meus olhos lacrimosos. No prenúncio da morte a vida se desfez há tempos. Somos todos restos de sonhos; todos restos da infância que um dia se fez...

quarta-feira, 25 de julho de 2007

28/07 Sonora Fest

dia 28/07
Sábado

Com as bandas:

H2O s.a
Dorothy
Degrau
Zero

À partir das 19:00 hs
Local: Casa de Cultura Itaim Paulista
Rua: Barão de alagoas, 340

Projeto VOCACIONAL DANÇA

Formação de Grupo em Dança Contemporânea (com Tatiana Guimarães)

Inscrições abertas!!!

Casa de Cultura Itaim Paulista, tel: 6963 2742

Início das aulas: 1 de agosto. Todas as quartas-feiras.

Duas turmas: das 14:00 hs às 17:00 hs
das 17:00 hs às 20:00 hs

Obs.: Na primeira aula haverá uma exposição de vídeos de diferentes formas da Dança Contemporânea.
Venham para conhecer!!!

terça-feira, 24 de julho de 2007

Cada um com a sua pele!

Clique na imagem para ampliá-la
Enviado pelo nosso amigo Thiago, repassem!

Sarau Griots!


... Pois é, essa mesma poesia que há tempos era tratada como uma dama pelos intelectuais, hoje vive se esfregando pelos cantos dos subúrbios à procura de novas emoções.O Tal poema, que desfilava pela academia, de terno e gravata, proferindo palavras de alto calão para platéias desanimadas, hoje, anda sem camisa, feito moleque pelos terreiros, comendo miudinho na mão da mulherada.Vocês, por acaso, já ouviram falar do tal poema concreto? Pois é, os trabalhadores e desempregados estão construindo bibliotecas com eles, nas favelas. E o lobo mau pode assoprar que não derruba... (Sergio Vaz)

É só chegar...

http://www.projetogriots.blogspot.com/


Palavras soltas

Outro dia, a caminho de casa, andando até a estação de trem, tive um turbilhão na cabeça; várias coisas ao mesmo tempo na mente. Palavras soltas vinham como uma onda vem ao encontro da praia. As palavras fluíam sem problema nenhum. Pensava, pensava e tudo ali, num instante. Uma narrativa fantástica; letra por letra e uma espécie de texto ia se desenrolando e desenvolvendo em minha imaginação. Naquele momento gostaria de ter um gravador, desses pequenos que gravam vozes. Hoje, escrevendo esse pequeno texto, que não é um conto não me lembro de absolutamente nenhuma frase, uma palavra sequer daquele momento de esmero da mente. Também, num dia qualquer, já deitado, pronto para dormir, tive outro desses relâmpagos cerebrais metidos a escritor e imaginei, frase por frase, um conto. Era um conto com começo, meio e fim. Mas a preguiça de levantar da cama quentinha me venceu. No outro dia, ao me levantar ainda me lembrava de algumas passagens do conto, mas aí também não escrevi nada. Tudo se perdeu no infinito mundo das imaginações.
Em alguns casos, até tento escrever algo depois, como está acontecendo agora, mas as idéias, as palavras, as frases saem de outra forma. Tudo alternado e alterado. Até, em certo ponto, consigo desenvolver um poema, um micro conto, ou algo similar.
Poucas vezes um conto, quando escrevo um, me vem antes. Penso em algo, algum acontecido, ou invento alguma coisa mesmo e aí vou destrinçando as palavras, ora no computador, ora num caderninho que levo, às vezes, comigo. Gosto de escrever de supetão. Quando menos espero tenho alguma coisa. Poema acho mais difícil, parece que a emoção transborda mais. Também aí pode haver um tempo relativo. Há contos e crônicas que também têm seu conjunto de emoção...e razão. Interligados, ambos, dão um contínuo à espessura das palavras. Jogar, fragmentadamente, as palavras também é uma solução que busco; de vez em quando crio um texto bom ou que pelo menos seja legível.
Porém, penso, acima de tudo o fator criativo designa a condução da pena (metáfora!).
Gosto mesmo de escrever qualquer coisa. Qualquer pensamento é um transbordo de emoção; julgue-o quem quiser ler. Tire a conclusão de tudo quem se arriscar nessa viagem que é a leitura.
Desde os, chamados, clássicos até os não clássicos, passando por zines, blogs e derivados; em tudo há leitura suficiente e escrita intimista de alguém que se propôs à isso.
Precisamos entender que escritor não é somente aquele que escreve profissionalmente, - falo isso sem preconceitos – e sim todos aqueles que, de uma forma ou de outra, rabisca suas idéias em algum canto.

segunda-feira, 23 de julho de 2007

Lançamento - Um Presente para o Gueto - Fuzzil

Salve, Povo.

Edições Toró convida pra brasear com a gente o lançamento do livro “Um Presente para o Gueto”, na partilha de encher mais essa laje e ventar pras ladeiras das vistas a fome de encanto, a doçura que agasalha e os fervos e dúvidas que rasgam de leve as estrofes do Fuzzil.
A Caixa de Poesia, embalando linhas de escritos e desenhos, pede aos leitores pra colorirem as páginas da simples e límpida versação do Fuzzil, teimoso poeta adubador do Parque Fernanda, parque sem verde, sem folhas, com muita intenção, intensidade e intuição.
O livro-caixa de presente é enchuvarado pela arte do South (Estúdio INCA/1dasul) e cirandado pelos prefácios de Akins Kintê e Led.

É só chegar:
*Noite do 25/07, 21hs, no Sarau da Cooperifa, onde mora o tição, a ciência, o sereno e a gana da Poesia. Rua Bartolomeu dos Santos, 797 – Jd.Guarujá. Tel: 5891-7403
*Noite do 30/07, 22hs, no Sarau do Binho, ponte de sabedorias e mulecages. Rua Avelino Lemos Júnior, 60, esquina com a Rua Cel.Souza Ferraz. Tel: 5844-6521

AXÉ
Allan da Rosa/Edições Toró

1ª Mostra de Artes Cênicas Opereta

Em Agosto acontecerá a 1ª Mostra de Artes Cênicas Opereta, realizada pelo Núcleo Teatral Opereta e a Associação Cultural Opereta.
A Mostra acontecerá entre os dias 4 e 26 de agosto e contará com várias apresentações de teatro infantil e adulto, circo, cultura popular, dança e teatro de bonecos.
Sempre aos sábados as 16:00 e as 20:00 e aos domingos as 16:00 e 19:00.

O Evento acontece na sede da Associação Cultural Opereta
Rua 1º de Maio 55, Calmon Viana , Poá.

VENHAM TODOS!!!

Confira a programação aqui: http://www.mostraopereta.blogspot.com/

OBS: Nosso amigo Dilson que enviou o convite :)

18 de agosto Evento - Intercultural

Participe e Divulgue

Clique na Imagem

terça-feira, 17 de julho de 2007

"PROJETO CALENDARIAO ALTERNATIVO"

ESPAÇO CULTURAL FACA 3X5 -
 
FOCO DE ATIVIDADES DE CULTURA ALTERNATIVA.

"PROJETO CALENDARIAO ALTERNATIVO"

NESTE MÊS DE JULHO ESTAREMOS REALIZANDO O CINEMA - COM O TEMA VEGETARIANISMO, MAIS UMA ATIVIDADE DO "PROJETO CALENDARIO CULTURAL ALTERNATIVO"

COMPAREÇAM !!! TRAGAM SEUS AMIGOS !!! TRAGA SEU SK8 !!!! E DIVIRTA-SE !!!
2r$ - PILAS !!!
OBSTACULOS DE SK8
DISTRIBUIÇÃO DE RANGO VEGAN NO FINAL !!!

DIA 21/07

BANDAS
BRADO M` BANDO
XEMALAMI
FILME:
"NÃO MATARAS"

ESPAÇO FACA RUA TAPIRAIPE, 231 JD DAS IMBUIAS
PEGAR ONIBUS -UNISA CAMPUS I NO TERM STO AMARO E DESCER NO 3º PONTO DEPOIS DA FACULDADE UNISA CAMPUS I.
TEL DO FACA 5925-8865
TEL 7374/1840 -KLEBER

Fragmentos de textos

FRAGMENTOS
jonilson montalvão


O Dadaísmo, na literatura, de certa forma, nos deu a fragmentação; ali o percusor e poeta Tristan Tzara, de certa forma, nos mostrava como fazer um poema em "Para fazer um poema dadaísta...”:

"Pegue num jornal.
Pegue numa tesoura.
Escolha no jornal um artigo com o comprimento que pretende dar ao seu poema.
Recorte o artigo.
Em seguida, recorte cuidadosamente as palavras que compõem o artigo e coloque-as num saco.
Agite suavemente.
Depois, retire os recortes uns a seguir aos outros.
Transcreva-os escrupulosamente pela ordem que eles saíram do saco.
O poema parecer-se-á consigo.
E você será um escritor infinitamente original, de uma encantadora sensibilidade, ainda que incompreendido pelas pessoas vulgares.


Brincando, brincando. Cínico, se assim podemos dizer. Sutilezas e percalços a serem removidos da chamada literatura séria. Quanto mais séria melhor será para a falência das palavras.

Tento jogar (com) as palavras e ao mesmo tempo me preocupo com alguns parcos leitores que por ventura passem os olhos sobre essa página. O grande barato é não pensar em linha reta. Acho que isso tem a ver com essa modernidade toda, não há mais paciência em ler grandes textos; hoje a imagem está cada dia mais latente e isso faz com que a gente também se torne refém dela. Mesmo nos não sabendo ler tais imagens. Às vezes precisamos de legendas para as imagens, pelo menos os jornais acreditam nisso.
Quem se atreveria hoje a publicar fotos pequenas e sem legendas em revistas e jornais? Talvez os “alternativos”. Talvez.


Já há algum tempo li um texto na revista Carta Capital. O artigo foi assinado por Mino Carta e chama-se “História de um povo traído”. Esse artigo-crônica é um golpe fortíssimo em nossas cabeças; nós, a grande parte estarrecida, lemos e, imóveis, pensamos em que situação o Brasil – o gigante adormecido, a bela que dorme o sono eterno – meteu-se. Ou, pelo lado mais amplo da questão, a classe dominante, elite, ou outro nome qualquer que lhe é dado apoderou-se dessa imensidão de terra e faz e aterroriza desde sempre.
Essa podridão nos é imposta e somos levados pela miséria, arrogância com que uma minoria de “afortunados” se satisfaz e outros tantos desgraçados são acorrentados e elevados à condição de subalternos; uma situação que permanece inalterada e parece que nada consegue mudar este trajeto. Sutilezas políticas e blábláblá não resolvem nada. Temos que nos resolver na base cultural, visualizarmos outras possibilidades de alterações socioculturais e econômicas.
-=-=-=-=-=-=-=-=-=-=
Vi um filme chamado “Um filme falado”, o diretor é o português Manuel de Oliveira, um super diretor, uma lenda vida do cinema. Esse cara tem uma visão muito aguçada sobre o cinema; é um filme bem realizado, uma direção de atores bacana. O filme é sobre a viagem de uma professora de história com sua filha. Ela está indo ao encontro do seu marido, que é piloto de avião e está a esperando numa outra cidade por onde o navio passará. Então aproveitando a oportunidade, a professora começa a percorrer, de navio, o mediterrâneo e narrando para sua filha a história da civilização. São imagens sensacionais de cidades incríveis como Pompéia, Atenas e outras. Não é um filme muito convencional, a personagem fala muito, aliás, o filme todo baseia-se em cenas paradas e com muita conversa. Não concordei muito com alguns teores dessa explicação histórica que a professora passa para sua filha, é uma visão muito eurocentrica, igual a alguns livros escolares que nós estudamos nas escolas. Infelizmente eles ainda se acham o centro do mundo.

CARTA DO LIVRO

1 - TODOS TÊM O DIREITO DE LER
A sociedade deve agir a fim de que todos possam usufruir dos benefícios da leitura. Num mundo onde o analfabetismo impede uma grande fração
da população de ter acesso aos livros, os governos têm o dever de contribuir para a eliminação desse flagelo. Eles devem apoiar a produção do material impresso necessário à aprendizagem e à conservação da capacidade de ler. Em caso de necessidade, uma assistência bilateral ou multilateral deve ser fornecida às diversas profissões do livro. Os produtores e os distribuidores de livros, por sua vez, tem a obrigação de velar por que as idéias e as informações transmitidas pela palavra impressa sigam a evolução das necessidades dos leitores e do conjunto de toda a sociedade.
2 – OS LIVROS SÃO INDISPENSÁVEIS À EDUCAÇÃO
Numa época em que uma verdadeira revolução se opera no domínio da educação,
e na qual programas de grande envergadura são postos em atividades para aumentar
o número efetivo de escolares, é preciso assegurar , por meio de uma planificação
apropriada, uma adequação constante entre os manuais didáticos e o desenvolvimento
de sistemas de ensino. A qualidade e o conteúdo dos manuais de ensino devem ser
ininterruptamente aperfeiçoados em todos os países do mundo. A produção regional
pode ajudar aos manuais didáticos, assim como quanto aos livros educativos de caráter
geral, que são particularmente necessários ao aparelhamento das bibliotecas escolares
e à execução dos programas de alfabetização.
3 - A SOCIEDADE TEM O DEVER DE CRIAR CONDIÇÕES PROPÍCIAS À ATIVIDADE CRIADORA DOS AUTORES
A Declaração Universal dos Direitos do Homem estipula que “toda pessoa tem direito à proteção dos benefícios morais e materiais decorrentes de toda produção científica, literária ou artística de que ela é autora”. Essa proteção se deve estender igualmente aos tradutores, que, por meio de seu trabalho, contribuem à difusão dos livros para além das barreiras lingüísticas, constituindo assim um elo essencial entre o autor e um público mais amplo. Considerando-se que todos os países têm o direito de exprimir a personalidade cultural que possuem, salvaguardando com isso a diversidade indispensável à civilização, eles têm o dever de apoiar seus próprios autores em sua missão criadora, assim como de favorecer, pela tradução, o conhecimento das riquezas literárias dos outros países, aí se incluindo aqueles cuja língua tem fraca difusão.
4 – UMA ROBUSTA INDÚSTRIA NACIONAL DE EDIÇÃO É INDISPENSÁVEL AO DESENVOLVIMENTO NACIONAL
Num mundo em que a produção dos livros é extremamente desigual e no qual tantos homens estão privados de leituras, o desenvolvimento planificado das atividades nacionais de edição se impõem. Conseqüentemente, é preciso tomar medidas em escala nacional, completando-as, se necessário, pela cooperação internacional, visando a estabelecer a infra-estrutura necessária. O desenvolvimento da indústria de edição, que deve ser integrado à planificação da educação, da economia e do setor social, requer ainda a participação de organizações profissionais, estendida em toda a medida do possível ao conjunto de círculos do livro, graças a instituições como os conselhos nacionais de promoção do livro, assim como um financiamento a longo prazo e com baixas taxas de juros, a partir de uma base nacional bilateral ou multilateral.
5 – CONDIÇÕES FAVORÁVEIS À FABRICAÇÃO DOS LIVROS SÃO INDISPENSÁVEIS AO DESENVOLVIMENTO DA EDIÇÃO
Em suas políticas econômicas, os governos devem e devem agir de modo que a indústria do livro disponha das provisões e do material necessários ao desenvolvimento de sua infra-estrutura, notadamente de papel e de máquinas de impressão e encadernação. A utilização máxima dos recursos nacionais assim como as facilidades concedidas à importação dessas provisões e desse material permitirão a produção de textos de leitura pouco custosos e agradáveis. Também deve ser dada prioridade à transcrição de línguas não-escritas [ágrafas]. Todos aqueles que participam da fabricação de livros devem velar para que as normas mais elevadas possíveis sejam aplicadas no que concerne à produção e à concepção, particularmente no que diz respeito aos livros destinados a pessoas deficientes.
6- OS LIVREIROS CONSTITUEM UM ELO FUNDAMENTAL ENTRE OS EDITORES E OS LEITORES
Situando-se no extremo dos esforços que visam a apoiar o hábito da leitura, os livreiros têm responsabilidades ao mesmo tempo culturais e educativas. Velando para que um leque de boas obras seja oferecido aos leitores, eles têm uma função capital. Tarifas especiais para as remessas pelo correio e por frete aéreo, facilidades de pagamento, e todas as outras reduções que sejam de natureza a aliviar as taxas financeiras, ajudam-nos a desempenhar essa função.
7 – SEDES DO CONHECIMENTO ARTÍSTICO E CIENTÍFICO, CENTROS DE PROPAGAÇÃO DA INFORMAÇÃO, AS BIBLIOTECAS FAZEM PARTE DOS RECURSOS NACIONAIS
As bibliotecas ocupam uma posição-chave na distribuição dos livros. Elas constituem freqüentemente o meio mais eficaz de colocar os textos impressos à disposição do leitor. Enquanto um serviço público, elas favorecem a leitura, que, por sua vez, contribui ao bem-estar individual, à promoção da educação permanente e ao progresso econômico e social. A organização das bibliotecas deve corresponder às possibilidades e às necessidades de cada nação. Não apenas nas cidades mas, mais ainda, nas vastas regiões rurais, com freqüência desprovidas de livros, cada escola e cada coletividade haverá de possuir ao menos uma biblioteca dotada de pessoal qualificado e de um orçamento suficiente. As bibliotecas desempenham igualmente uma função essencial na satisfação das necessidades dos especialistas e do ensino superior. O estabelecimento de redes nacionais de bibliotecas haverá de dar ao leitor, em toda parte, a possibilidade de ter acesso aos livros.
8 – MEIO DE CONSERVAÇÃO E DE DIFUSÃO DA INFORMAÇÃO, A DOCUMENTAÇÃO SERVE À CAUSA DO LIVRO
Os livros científicos, como todas as obras especializadas, são tributários de bons serviços de documentação. Conseqüentemente, convém desenvolver esses serviços com a ajuda dos governos e de todos membros da comunidade do livro. A fim de que cada país possa dispor a todo momento da documentação mais completa, medidas devem ser tomadas para que o material de informação circule o mais livremente possível através das fronteiras.
9 – A LIVRE CIRCULAÇÃO DOS LIVROS ENTRE PAÍSES CONSTITUI UM COMPLEMENTO INDISPENSÁVEL ÀS PRODUÇÕES NACIONAIS E FAVORECE A COMPREENSÃO INTERNACIONAL
Para que as obras criadas no mundo sejam acessíveis a todos, é de importância capital que os livros circulem livremente. Os obstáculos, tais como tarifas aduaneiras e impostos, podem ser eliminados por meio de uma aplicação generalizada dos acordos da Unesco e das outras recomendações e tratados internacionais concebidos com esse fim. As licenças de importação e as divisas necessárias à compra de livros e de matérias-primas destinadas à fabricação dos livros devem ser em toda parte concedidas de modo liberal, e é preciso reduzir ao mínimo os impostos interiores e os outros entraves ao comércio dos livros.
10 – OS LIVROS SERVEM À CAUSA DA COMPREENSÃO INTENACIONAL E DA COOPERAÇÃO PACÍFICA
“Tendo em vista que as guerras surgem no espírito dos homens, declara o Ato constitutivo da Unesco, “é no espírito dos homens que devem ser construídos as defesas da paz”. Os livros representam um dos principais meios de defesa da paz, em razão do papel considerável que desempenham na criação de um clima intelectual de amizade e de compreensão mútua. Todos os interessados têm a obrigação de assegurar que o conteúdo dos livros favoreça a plenitude do indivíduo e o progresso econômico e social, a compreensão internacional e a paz.


Aprovado em Bruxelas, em 22 de Outubro de 1971, pelo Comitê de Apoio ao Ano Internacional do Livro

segunda-feira, 16 de julho de 2007

Agenda do Grupo Loucura Alternativa

O grupo Loucura Alternativa formado na zona leste de São Paulo, mais especificamente na Casa de Cultura do Itaim Paulista e conta com 3 anos de existência, está se apresentando freqüentemente em vários pontos da periferia da zona leste o espetáculo "Poemas de Bertolt Brecht". O espetáculo conta com a adaptação à partir da interpretação feita pelos atores dos poemas deste importante dramaturgo alemão que idealizou o teatro épico, que traz reflexões sobre temas sociais (exploração, mídia, pensamento, desigualdade social, etc...)

Confira a agenda do grupo que está aberto para convites para futuras apresentações.

No Espaço Satyros 3
Rua: vistosa madre de deus n:40B. próximo ao DP 59 - Itaim Paulista
Dias: 29/07 - 05, 12 e 19/08
Horário: 19:30h
gratuito


Na Associação Cultural Opereta
Rua: 1º de Maio 55 - Calmon Viana - Poá.
Dia: 25/08
Horário: 20:00h
gratuito
Poemas do Espetáculo
· Por que deveria meu nome ser lembrado?
· A dificuldade de governar
· O Pão do Povo
· A Cruz de Giz
· Se os tubarões fossem homens!
· A infanticida Marie Farrar
_
_
Elenco: Marcelo Prado, Anderson Almeida (Black), Johnny John, Ericson William, Luciano Kleber, Rafael Araújo, Daniel Marques, Samara Oliveira, Bruno Morelatto, Nathalia Pinheiro, Jô Spineli, Shirley Santos, Heloisa Holanda Tibério.
Indicado para maiores de 14 anos

O Ator - Plínio Marcos

Por mais que as cruentas e inglórias
Batalhas do cotidiano
Tornem um homem duro ou cínico
O suficiente para fazê-lo indiferente
Às desgraças e alegrias coletivas,
Sempre haverá no seu coração,
Por minúsculo que seja,
Um recanto suave
Onde ele guarda ecos dos sons
De algum momento de amor já vivido.

Bendito seja
Quem souber dirigir-se
A esse homem
Que se deixou endurecer,
De forma a atingi-lo
No pequeno porém macio
Núcleo da sua sensibilidade.
E por aí despertá-lo,
Tirá-lo da apatia,
Essa grotesca
Forma de auto-destruição
A que por desencanto
Ou medo se sujeita.
E por aí inquietá-lo
E comovê-lo para
As lutas comuns da libertação.

O ator tem esse dom.

Ele tem o talento de atingir as pessoas
Nos pontos onde não existem defesas.
O ator, não o autor ou o diretor,
Tem esse dom.
Por isso o artista do teatro é o ator.
O público vai ao teatro por causa dele.
O autor e o diretor só são bons na medida
Em que dão margem a grandes interpretações.

Mas o ator deve se conscientizar
De que é um cristo da humanidade:
Seu talento é muito mais
Uma condenação do que uma dádiva.
Ele tem que saber que para ser
Um ator de verdade, vai ter que fazer
Mil e uma renúncias, mil e um sacrifícios.
É preciso coragem,
Muita humildade e, sobretudo,
Um transbordamento de amor fraterno
Para abdicar da própria personalidade
Em favor de seus personagens,
Com a única intenção de fazer
A sociedade entender
Que o ser humano não tem
Instintos e sensibilidades padronizados,
Como pretendem os hipócritas
Com seus códigos de ética.

Amo o ator
Nas suas alucinantes variações de humor,
Nas suas crises de euforia ou depressão.
Amo o ator no desespero de sua insegurança,
Quando ele, como viajor solitário,
Sem a bússola da fé ou da ideologia,
É obrigado a vagar pelos labirintos de sua mente
Procurando, no seu mais secreto íntimo,
Afinidades com as distorções de caráter
De seu personagem.

Amo o ator
Mais ainda quando,
Depois de tantos martírios,
Surge no palco com segurança,
Oferecendo seu corpo, sua voz,
Sua alma, sua sensibilidade
Para expor, sem nenhuma reserva,
Toda a fragilidade do ser humano
Reprimido, violentado.
Amo o ator por se emprestar inteiro
Para expor à platéia
Os aleijões da alma humana,
Com a única finalidade
De que o público
Se compreenda, se fortaleça
E caminhe no rumo
De um mundo melhor,
A ser construído
Pela harmonia e pelo amor.

Amo o ator
Consciente de que
A recompensa possível
Não é o dinheiro, nem o aplauso,
Mas a esperança de poder
Rir todos os risos
E chorar todos os prantos.
Amo o ator consciente de que,
No palco, cada palavra
E cada gesto são efêmeros,
Pois nada registra nem documenta
Sua grandeza.

Amo o ator e por ele amo o teatro.
Sei que é por ele que
O teatro é eterno
E jamais será superado
Por qualquer arte que
Se valha da técnica mecânica.

domingo, 15 de julho de 2007

Mudança de Programação

O bate-papo com Sérgio Carvalho que estava marcado para o dia 15/07 (hoje) foi cancelado e remarcado para sábado que vem, dia 21/07 às 16:30, na Casa de Cultura do Itaim Paulista.

Dia 21/07 – Sábado às 16:30h “Bertolt Brecht” por Sergio de Carvalho
Objetivo: Bate papo sobre o diretor e dramaturgo alemão que desenvolveu uma vasta teoria teatral através de uma prática que questionava o teatro dramático burguês, resultando numa nova abordagem do fenômeno teatral, e que marcou uma ruptura aos conceitos vigentes até então.
Palestrante: Sergio de Carvalho é dramaturgo e diretor da Cia do Latão. Também é professor de dramaturgia do Departamento de Artes Cênicas da Escola de Comunicação e Artes da Universidade de São Paulo.

Porém não fiquem tristes, pois HOJE haverá apresentação com o grupo Primeiro Comando Theatral com o espetáculo
Hamlet - O Musical
na Casa de Cultura do Itaim Paulista às 19:00h e também o
Encontro de Rap Periferia Unida
na escola Zilda em Itaquaquecetuba à partir do 12:00h (meio-dia).
Confiram no ANOTA AÊ.

flw bjão :)

sexta-feira, 13 de julho de 2007

quarta-feira, 11 de julho de 2007

manifestações

Duas mulheres e um homem, aparentemente comuns, mas só aparentemente. O filme começa com o diretor (no caso Júlio Bressane) sendo mostrado no set de filmagens. Temos quase um documentário a lá Eduardo Coutinho, mas é só isso, não é um documentário, poderia ser? Talvez...Logo em seguida somos levados para outra cena, bela, como todo o filme: as ondas do mar, num vai e vem suntuoso, ataca a pedra, que sem pestanejar, apenas goza da frescura das águas.
Não pude resistir a tentação de fazer uma pequena introdução a esse filme - FILME DE AMOR - sensacional, poético (lugar-comum). Como definir um filme de Júlio Bressane?, difícil, até mesmo para críticos com largas experiências em análises (essas totalmente subjetivas).

Li em algum jornal que alguns críticos europeus não conheciam o diretor, e quando viram esse filme ficaram maravilhados com a obra artística e de profunda sensibilidade de Bressane. Tais críticos, segundo o jornal, se perguntavam como eles (sabedores de todas as artes e de profundo conhecimento sobre tudo, inclusive sobre cineastas – artistas em geral – do terceiro mundo – ou países em desenvolvimentos!) não conheciam esse diretor de tanto talento; essa é uma resposta muito, mas muito mesmo, difícil de se dar; teríamos que buscar toda uma imposição de cultura, toda uma saga de matança e estupros, saques e outras barbáries, buscar na história uma cultura de imposição, de subjugação dos povos conquistadores que, sem se preocuparem com a cultura e a riqueza de um determinado povo, fez questão de (tentar) abolir do planeta toda essa diversidade de bens históricos e humanos acima de tudo.

Então não nos é difícil compreender o porque desse não conhecimento de alguns catedráticos e supostos donos da cultura em relação – não só desse diretor em particular – a tudo que acontece com países e culturas alheias à hegemonização da banalidade. Sendo assim não nos custa nada valorizar nossos feitores, nossos artistas, nossos valores e nossas sabedorias.
Sabemos como nos é complicado aplacar nossas manifestações, somos bombardeados por supostas estéticas culturais - não que não haja coisas bacanas em outros lugares - , seria uma imbecilidade e um ufanismo terrível pensar dessa forma, estaríamos apenas reproduzindo pensamentos dominantes, mas quando estivermos presenciando alguma manifestação artística, perguntemos, lá no nosso mais profundo íntimo, o que temos a ganhar com essa obra, o que realmente vale a pena para nosso olhar captar e transformar em algo de estruturação intelectual.
Sermos papagaios já é uma fato que corriqueiramente ocorre.
Ingerir algo não significa apenas isso; reter sabores e transforma-los em algo que nos seja realmente válido.

terça-feira, 10 de julho de 2007

Sarau em Suzano

Release

Assunto: Pavio da Cultura homenageia Jorge Amado
Por: Marcos Cirillo

Quem participar do Pavio da Cultura deste sábado (14/7) será surpreendido pelo número de atividades que estão programadas. A informação é do responsável pelo projeto, Ademiro Alves, o Sacolinha. De acordo com ele, serão realizadas apresentações de rap com Don Graka, mano Rodolfo e aliados, samba com o grupo Terreiro de Aruanda, dança-afro com o grupo Ponto 5, dois monólogos interpretados por Ferreira Santos, cordel e repente com Francis Gomes, leitura dramática de textos de Bertolt Brecht e um mural com mais de 200 poesias.

O projeto acontece no dia 14 de julho, às 20h, no Centro de Educação e Cultura “Francisco Carlos Moriconi” (Rua Benjamin Constant, 682 – Centro). A entrada é gratuita e os interessados em participar com algum trabalho devem se inscrever com 30 minutos de antecedência. O Pavio da Cultura é um sarau cultural que mistura música, cinema, teatro, literatura e dança. Nesta 33ª edição, o projeto prestará uma homenagem ao escritor baiano Jorge Amado, um dos maiores autores brasileiros. Ainda na programação do sarau, haverá o lançamento do livro “Punga”, de Akins Kinte e Elizandra Souza, que reúne poesias dos autores sobre a literatura negra e afro-descendente.
Durante as atividades, serão distribuídos ao público o fanzine Literaturanossa, edição 8, da Associação Cultural Literatura no Brasil.

Grupo Loucura Alternativa apresenta:

*Poemas de Bertolt Brecht
Dia 14/07 as 18 hs gratuito
USP Leste

Av. Arlindo Bettio, 1000.
Ermelino Matarazzo
CEP: 03828-000 (estação engenheiro Goulart)


*O evento inicia as 8 horas da manhã, com diversas apresentações culturais e discussões, haverá também um grande almoço comunitário, basta colaborar com algo visando o todo). Aguardo todos e ajudem a divulgar. :)

sábado, 7 de julho de 2007

ENCONTRO RAP PERIFERIA UNIDA

Clique na imagem para ampliá-la Encontro RAP periferia unida, música e interação, buscando a contribuição que o Rap da região pode dar para que setores discriminados e marginalizados de nossa sociedade venham a ter voz e possam fazer frente a onda de preconceito e discriminação que principalmente os jovens de periferia vem sofrendo por parte do poder público e da mídia. Será um espaço onde pessoas dispostas a fazer algo pelo lugar onde vivem, possam trocar idéias e direcionar ações. Consciência e Atitude para Transformar.
Data: Domingo dia 15 de Julho à partir das 12hs.
Local: Escola: Zilda Braconi Amador em Itaquaquecetuba (próximo a estação de trem do Manoel Feio).
Por Rodrigo

quinta-feira, 5 de julho de 2007

JORNADAS LIBERTÁRIAS DE PROTESTO

JORNADAS LIBERTÁRIAS DE PROTESTO DE SÃO PAULO 2007
** 90 ANOS DA GREVE GERAL DE 1917 **
 
PROGRAMAÇÃO
 
SEXTA (06 JULHO) – ABERTURA 14 HS – EXPOSIÇÃO DE FOTOS E MURAIS ALUSIVOS
18 hs – Exibição do Filme 'OS LIBERTÁRIOS' , sobre o movimento operário do início do século XX
19 hs – Palestra com a Profa. Dra. Christina Lopreato da Universidade Federal de Uberlândia, autora dos livros: 'A Semana Trágica', 'O Espírito da Revolta' – sobre a Greve Geral de 1917. A Palestra será seguida de Debate Aberto.
************
 
SÁBADO (07 JULHO) – ABERTURA 9 HS – EXPOSIÇÃO DE MURAIS E FOTOS
10 hs – Palestra sobre : 'A GUERRA CIVIL ESPANHOLA E A LUTA CONTRA O FASCISMO ( 35 a 45)'
Com o economista e historiador Dr. Hélios Puig, da Fundação de Estudos Econômicos. Seguida de Debate Aberto.
 
------------ -----INTERVALO PARA O ALMOÇO------- --------- ---------
 
14 hs – Palestras Dinâmicas:
- "O Indivíduo, a Autonomia e a Organização", pelo Prof. Edson Passeti da PUC São Paulo;
- "A Mulher Trabalhadora e a Luta Social", por Joyce Barros do 'Grito de Revolta das Mulheres Libertárias';
- "O Punk e o Movimento da Juventude", pelo João Rotten do 'Movimento Anarco-Punk';
- "Contra-Cultura e Pedagogia Libertária", pelo Prof. Marins da EE...-Campo Limpo
- "A Solidariedade Internacional e a Questão do Haiti", pela Profa. Lucia Skromov da PUC São Paulo;
- "A Atualidade da Luta dos Trabalhadores" , por Renato Carvalho de Almeida Filho da 'FOSP/COB-ACAT/ AIT
* das 16 as 20 hs – Debate Aberto em Plenária.
 
20 hs – Sarau SEMENTE DE FOGO .
(Confraternizaçã o e momento de descontração cultural)
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JLP/SP-2007 @ 90 ANOS DA GREVE GERAL DE 1917 @
(6,7,8 e 9 de Julho)
*CASA DE CULTURA DE SANTO AMARO *
Praça Francisco Ferreira Lopes, 434 – Santo Amaro
(Altura do nº 800 da Avenida João Dias – ônibus saindo do Terminal Bandeiras, no centro)
 
DOMINGO (08 JULHO)
 
[Na Casa Preta]                                             ABERTURA 9 HS – DISCUSSÃO PLENÁRIA
- "A ATUALIDADE DA GREVE GERAL DE 1917 E DA LIBERDADE DE ORGANIZAÇÃO"
 
------------ ---INTERVALO PARA O ALMOÇO------- --------- ---------
Encerramento das Discussões: 18 hs
 
[Na Casa de Cultura de santo amaro]  ABERTURA 10 HS - EXPOSIÇÃO DE MURAIS E FOTOS
Das 10 hs as 13 hs Oficinas de Artes Gráficas
 
------------ ---INTERVALO PARA O ALMOÇO------- --------- ---------
 
14 hs – Exibição do Filme 'BOTINADA' , sobre o Movimento Punk.
15 hs – Debate sobre: "A JUVENTUDE CONTRA A INTOLERÂNCIA"
18 hs – FESTA JULHINA A SÃO BAKUNIN – Confraternizaçã o Popular – Com Música e Poesia ao Vivo
22 hs – ENCERRAMENTO
 
 
Filiado ao:
SINDIVÁRIOS-SP - Sindicato de Ofícios Vários de São Paulo
Sindicato filiado a:
FOSP - Federação Operária de São Paulo
COB - Confederação Operária Brasileira
ACAT - Associação Continental Americana dos Trabalhadores
AIT - Associação Internacional dos Trabalhadores

quarta-feira, 4 de julho de 2007

Aberto ao PÚBLICO

Clique para visualizar melhor

CENTRO DE CULTURA SOCIAL
convida para
SÔNIA OITICICA, ARTE E ANARQUIA

com Maria Thereza Vargas, autora de "O Teatro Operário na Cidade de São Paulo - Teatro Anarquista" (PMSP-SMC); e Beatriz Carneiro, autora de "Relâmpagos com claror: Lygia Clark e Hélio Oiticica, vida como arte" (CAPES/Imaginário).

Encerramento do semestre com homenagem a Sônia Oiticica (1918-2007), integrante do CCS e conhecida atriz do teatro brasileiro, filha do anarquista carioca José Oiticica, fundador do combativo jornal "Ação Direta" que Sônia dirigiu após a morte do pai.

1º Sarau Griots! Fotos




www.projetogriots.blogspot.com

Colecionador de Pedras

Sérgio Vaz, o poeta-mor da periferia, ganhou um estilingue de alcance "Global". Agora, quebrará vidraças e corações de gelo em outras freguesias. As pedras, colecionadas em vinte anos de batalha foram lapidadas e transformadas em poesia. Elas ferem a alma sem molestar o corpo.
O livro Colecionador de Pedras acaba de sair do forno e é o primogênito da coleção Literatura Periférica, da Editira Global. Na seqüência, virão os escritores Sacolinha (85 letras e um disparo), Alessandro Buzo (Guerreira), Allan da Rosa (Da Cabula) e Dinha (De passagem, mas não a passeio).
Sérgio Vaz e a Família Cooperifa estão convocando todos os periféricos e não-periféricos para o lançamento oficial do Colecionador de Pedras. A confraternização está marcada para a próxima quinta-feira, 05 de julho, às 19h30.

Apresentações: Poetas da Cooperifa, Periafricania, Versão Popular, Wésley Noog, Sabedoria de Vida, Carlos Silva, Grupo Espírito de Zumbi (Maculelê e dança Afro), Exposições de Bikes (Magrela´s Bike e Clâmunhão).
Local: Teatro CEMUR.
Endereço: Praça Nicola Viviléquio s/nº Centro - Taboão da Serra.
(Saindo de Pinheiros no final da Av. Francisco Morato)
Outras informações: 9342-8687 ou 8358-5965

Como, diz o poeta, "as pedras não falam, mas quebram vidraças". Sem querer estragar o verso, ouso dizer que agora elas também quebram paradigmas.

por Jorge Américo
http://materiasdegaveta.blogspot.com/

FESTIVAL DE CURTAS NA PERIFERIA

Nessa semana, mais especificamente no domingo, dia 08, às 14 horas, estaremos realizando nossa primeira projeção de curtas. Primeira nesse espaço, antes, no CEU Curuçá, há uns 2 anos atrás, já tínhamos realizado algo parecido. Nesta ocasião, planejávamos a estruturação de um cineclube; até um nome já tínhamos: Cineclube Bolo D’água. Realizamos algumas projeções, inclusive trazendo, para nossa honra, Zagatti, que deu-nos a oportunidade de uma conversa enriquecedora. Mas, por alguns motivos, digamos um tanto burocráticos, deixamos de lado a idéia.
Agora, depois de algum tempo surge, novamente, a chance de realizarmos mais uma projeção. Dessa vez num espaço de origem privada, mas de uso público. A idéia surgiu da conversa que tive com um amigo que coordena o espaço; esse amigo ( Evanildo Breguesso) e eu já tínhamos realizado alguns projetos quando batalhávamos na ONG Pensa. Grandes momentos! Mas aí já são outras narrativas mais longas. Fico aqui somente com a projeção.
Esse espaço só foi possível graças ao projeto da Companhia de Teatro os Satyros; eles, por meio de conversas com o Evanildo, levaram à periferia da Zona Leste a idealização do trabalho já realizado pelo grupo na Praça Roosevelt, no centro. Hoje já são realizados cursos e outras atividades no espaço.
Tudo isso é um grande trabalho de perspectiva sociocultural que a periferia ganha. Pormenores da arte que sempre são bem vindas em locais de extrema urgência cultural e onde o poder público não faz muita questão de atuar.
Pois bem, nesse domingo estaremos por lá, levando um pouco de cooperação em forma de imagem. Projetaremos curtas metragens, pois esses quase não tem o seu espaço, e uma boa parte das pessoas nem sabem que se fazem filmes de curta duração. Nossa intenção é mostrar que filmes desse âmbito também tem sua história e que bons filmes são realizados; discutir a idéia de cinema hoje num momento que estamos sendo atravessados por tanta tecnologia, tantas incertezas e propensões à arte do audiovisual.
Hoje o chamado cinema de grande massa passa por questões ambíguas e angustiantes. Cada vez mais tais filmes são colocados em xeque pela outra grande maioria que, “artesanalmente”, gera seus pequenos filmes. Documentários, ficções, animações; todo sedentos para serem degustados.
Cineclubes que fazem das projeções – e não só isso – um alento à uma galera que corre por fora e com isso mantém viva essa coisa do cinema, das artes da imagem; essa corpulência da viva e que se alimenta disso mesmo: dos pequenos filmes que, sem seu devido e merecido espaço, buscam nessas projeções algo a mais do que serem apenas vistos.

Nossa projeção começa Domingo, dia 08 de Julho.
Às 14 horas.
Rua Vistosa Madre de Deus, 40B
Jardim Noêmia, Zona Leste.
Rua da 59º DP

terça-feira, 3 de julho de 2007

Lá no Sesc Consolação


Cartografia Literária

Dias 05 de julho de 2007.


Literatura no Brasil
Cartografia Literária propõe um mapeamento dos coletivos literários em atividade na cidade de São Paulo. Procura a fluidez da literatura pelos espaços e formações sociais mais heterogêneos, percorre os caminhos da criação e da reapropriação de textos, da produção periférica, do anonimato e das experimentações literárias de grupos consolidados. Em sua segunda edição, o evento estende suas linhas cartográficas para as regiões Leste e Oeste de São Paulo, com participação de integrantes do Mó! – Movimentação Musical e do grupo SAMPA, permitindo avanços para a além dos limites geográficos oficiais, com a presença da Associação Cultural Literatura no Brasil, localizada em Suzano. Com mediação do escritor Nelson de Oliveira, representantes dos grupos convidados falam sobre suas experiências literárias e apresentam textos com recursos orais e musicais. O público pode participar de encontro no Entre Aspas, microfone instalado no Hall de Convivência, com abertura de som a cada 10 minutos. Os leitores, poetas e pensadores da platéia terão 1 minuto para cada intervenção.

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Associação Cultural Literatura no Brasil
Criada em 2002, a Associação Cultural Literatura no Brasil tem dois objetivos bem definidos: o incentivo à leitura e a divulgação dos escritores anônimos. O passo inicial foi dado pelo escritor Ademiro Alves, o Sacolinha, somando forças com o grafiteiro e escritor Willian de Lima e a professora e fanzineira Valéria Gíggia. Atualmente o grupo desenvolve atividades como a arrecadação de livros, apoio a bibliotecas comunitárias, realização de saraus em espaços das periferias, debates literários, produção de fanzines e intercâmbio cultural com ONGs e instituições culturais. Para Sacolinha, “a intenção em manter uma entidade voltada para a literatura é de incentivar as pessoas a ler e mostrar outra visão dos livros, contrária àquela que a escola pinta, onde adolescentes são obrigados a ler livros clássicos, de difícil entendimento, e que não têm ligação nenhuma com a época desses alunos”. Após bate-papo, o coletivo apresenta Sarau Performático.
Dia 05/7. Quinta, às 19H30.

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Ficha Técnica -
Escritores, poetas e músicos.

Literatura no Brasil: Ademiro Alves - Sacolinha, D. Elisabete Silva, Francis Gomes, Rejane Barros, Almir Ribeiro

Mediação
Escritor e doutor em Letras pela USP, é autor dos livros Naquela época tínhamos um gato (contos, 1998), Subsolo infinito (romance, 2000), O filho do Crucificado (contos, 2001), A maldição do macho (romance, 2002), Verdades provisórias (ensaios, 2003) e Algum lugar em parte alguma (contos, 2006). Em 2001 organizou a antologia Geração 90: manuscritos de computador e em 2003, Geração 90: os transgressores. Ainda em 2003 editou com Marcelino Freire o número único da revista PS:SP. Atualmente coordena, em várias instituições, oficinas de criação literária para escritores com obras em formação.

Grátis
Local: Convivência do SESC Consolação

1° Fim-de-Semana Eco-Libertário

1° Fim-de-Semana Eco-Libertário

Participe das atividades do 1° Fim-de-semana Eco-Libertário na Casa da Lagartixa preta, realizado pelos coletivos Ativismo ABC e Erva Daninha.Venha conhecer práticas de Permacultura, agricultura ecológica, freeganismo... Traga seus conhecimentos e conhecidxs!

06/07 11h - Almoço Freegan especial do 1° Fim-de-semana Eco-Libertário.Coleta de alimentos e preparo do almoço comunitário.17h30 - Exibição do documentário “Surplus” e o curta “Ilha das Flores”, em seguida bate-papo.

07/07 10hOficina de compostagem14h – Rolê freegan; reconhecimento de plantas daninhas, coleta urbana, guerrilha jardineira, fontes de recursos (ex.: árvores frutíferas e todas tantas possibilidades do freeganismo)18h – Exibição do filme “Eles Vivem”, em seguida bate-papo

08/07 - Traga algum alimento para nosso pique-nique!10h – Oficina de horta orgânica, construção da horta-mandala na Casa da Lagartixa Preta16h – Guerrilha Jardineira; plantio de árvores na região, intervenção urbana

Se você pretende participar de todas atividades, e quiser passar as noites na Casa, traga sua barraca!Casa da Lagartixa Preta - Malagueña SalerosaRua Alcides de Queiros, 161 - Casa BrancaSanto André - SP[próxima à estação de trem, terminal de ônibus e tróleibus, à Av. Perimetral]

Informações: ativismoabc@riseup.net ou 9335-3869

http://ativismoabc.guardachuva.org/

http://ervadaninha.sarava.org/

Para ver o cartaz e ajudar a divulgar:

www.fotolog.com/ativismoabc

Enviado por: Ellen (Coletivo Erva Daninha)

Fotos Loucura Alternativa

"Vão à todos os teatros sempre" Cacilda Becker



Dia 30 de junho foi a última apresentação da temporada deste ano do grupo Loucura Alternativa na Casa de Cultura do Itaim Paulista com os Poemas de Bertolt Brecht. A casa lotou. Sinal de que a população gosta e participa sim da cultura na região. Só o que nos falta é mais divulgação, mas que com certeza com o apoio popular que estamos tendo um dia não teremos mais que falar nisso.
O debate após o espetáculo foi caloroso, aprendemos uns com os outros a discutir e ouvir as diferentes opiniões. De todos os debates nós sempre levamos algo de proveitoso para a peça, graças às diversas opiniões da platéia estamos sempre melhorando o espetáculo.

O grupo agradece à todos que foram assistir o espetáculo e convida à todos para assistirem os próximos espetáculos de diversos grupos que vão ocorrer até novembro na Casa de Cultura do Itaim Paulista.

Confira a programação.